Fossa Séptica Biodigestora com Wetlands - Biofossa 30700
Marca: Águas Claras EngenhariaModelo:Biofossa 30700Disponibilidade: Disponível em 30 dias úteis Data de Lançamento: 12/05/2023
O Biofossa 30700 é uma estação de tratamento de efluentes sanitários com sistema de tratamento consolidada e de alta eficiência, que garante a remoção de cargas orgânicas para atender as exigências de todos os órgãos federais.
1. DESCRITIVO DO PROCESSO DE TRATAMENTO UTILIZADO
O sistema de tratamento de águas residuárias na ETE por Zona de Raízes consiste na união entre os processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem por causa do solo, que atua como filtro físico, das comunidades bacterianas e macrófitas. As bactérias são fundamentais para o tratamento do efluente, uma vez que realizam a degradação da matéria orgânica presente nesse, por meio de processos anaeróbios, anóxicos e aeróbios, sendo que as condições aeróbias e anóxicas só acontecem devido ao fornecimento de oxigênio pelas raízes das macrófitas (VALENTIN, 1999).
De acordo com Brix (1994), o oxigênio captado pelas folhas das macrófitas é levado através do caule até as raízes, não apenas para suprir a demanda respiratória dos tecidos das raízes, mas também cria uma zona rica em oxigênio na região em que as raízes crescem. A saída do oxigênio das raízes para o solo cria condições de oxidação no meio, possibilitando, assim, a decomposição da matéria orgânica.
Assim, considerando o exposto e o sistema desenvolvido pela Águas Claras Engenharia, Biofossa 30700, o efluente sanitário bruto será recolhido pela rede de esgoto e conduzido para a fossa séptica biodigestora, por gravidade.
É importante mencionar a recomendação da instalação de um sistema de gradeamento anterior à fossa séptica biodigestora, que serve como medida protetora retendo corpos estranhos, evitando que entrem no reator e prejudique o funcionamento e eficiência do sistema de tratamento proposto.
A fossa séptica biodigestora utiliza processos biológicos para degradar a matéria orgânica presente no efluente. As bactérias consomem a matéria orgânica e produzem gases, como o biogás, e lodo. O lodo é retido no tanque e deve ser retirado periodicamente através de serviços de hidrosucção (conhecidos como caminhões limpa fossa) conforme a necessidade, enquanto o biogás passará pelo filtro de carvão, controlando odores e realizando o tratamento do biogás gerado.
Nessa etapa do tratamento, além da decantação dos sólidos sedimentáveis, ocorre a pré-estabilização anaeróbia dos materiais orgânicos biodegradáveis com digestão e adensamento do lodo misto, composto pelos sólidos brutos que penetram no sistema. O lodo em excesso deverá ser removido do sistema quando verificado sua necessidade, através dos serviços de hidrosucção (os chamados caminhões limpa-fossas). A fossa séptica biodigestora, de maneira geral, serve como tanque de retenção/sedimentação para tratamentos preliminares de efluente.
O efluente, após passar pela fossa séptica biodigestora, entrará no filtro anaeróbio, por gravidade, ou seja, sem gasto de energia. O filtro anaeróbio é um dispositivo que consiste em um tanque com material suporte de biomídia para o desenvolvimento de microrganismos. É responsável pelo tratamento dos efluentes vindos da fossa séptica biodigestora, através do processo de decomposição por colônias de bactérias anaeróbias, tornando os resíduos provenientes do esgoto sanitário adequados para a etapa subsequente, visto que atua como redutor de DBO (Demanda Biológica de Oxigênio), carga orgânica e nutrientes.
Entre os fenômenos que ocorrem no filtro anaeróbio podemos mencionar a retenção por contato com o biofilme, sedimentação forçada de sólidos de pequenas dimensões, partículas finas e coloidais e ação metabólica dos microrganismos do biofilme sobre a matéria dissolvida. Salienta-se que o lodo depositado no fundo deve ser periodicamente removido, para que não haja perda de eficiência.
Para uma completa remoção de matéria orgânica dissolvida, o afluente que sai do filtro anaeróbio deve ser encaminhado a um pós-tratamento complementar, que será a Zona de Raízes.
O pós-tratamento por Zona de Raízes é um sistema físico-biológico que utiliza as camadas do solo para tratar os efluentes, além de as plantas desempenharem um papel fundamental, removendo as impurezas e reduzindo a carga poluidora dos efluentes.
O afluente do tratamento primário é lançado através de uma rede de tubulações perfuradas que é instalada logo acima da zona de raízes, área plantada. Esta área é dimensionada de acordo com a vazão e a DBO do efluente. A remoção de fósforo no sistema wetland ocorre pela precipitação química, pela adsorção, pela assimilação dos vegetais e biofilmes formados no substrato e no sistema radicular da vegetação.
A função principal das plantas consiste em fornecer oxigênio ao solo/substrato através da área em que estão suas raízes, que possibilitam o desenvolvimento de uma população densa de microrganismos, que são responsáveis pela remoção dos poluentes do efluente.
Para tanto, após o tratamento na zona de raízes, é aconselhado que o líquido clarificado seja encaminhado para uma caixa cloradora para desinfecção. Nessa caixa será dosada uma solução oxidante para a eliminação de microrganismos patogênicos. Após a desinfecção o efluente tratado será enviado ao destino final, com as propriedades rigorosamente dentro dos limites exigidos pela legislação vigente. A imagem abaixo mostra de modo resumido o fluxograma do processo de tratamento por lodo ativado na ETE.
2. INFORMAÇÕES TÉCNICAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
Estamos apresentando a proposta de uma estação para tratar os efluentes exclusivamente sanitários, considerando esgoto sanitário despejo líquido resultante do uso de água para higiene e necessidades fisiológicas, água de infiltração e contribuição pluvial parasitária. Os seguintes parâmetros foram considerados durante a projeção do equipamento Biofossa 30700 pela ÁGUAS CLARAS ENGENHARIA e apresentados a seguir:
- Capacidade máxima de tratamento 30.700 L/dia, para DBO 400 mg/L, podendo variar caso a DBO seja menor;
- A vazão de entrada é a soma do volume de efluente gerado pela população e a contribuição por infiltração, considerando os seguintes fatores:
- População do projeto;
- Padrão habitacional;
- Extensão da rede coletora;
- Taxa de infiltração.
- Taxas de infiltração elevadas poderão ter contribuições significativas na vazão de entrada do efluente;
- A temperatura de projeto foi considerada 20°C e a eficiência do projeto poderá ser inferior em regiões com temperaturas médias mais frias.
O quadro abaixo mostra a entrada, apresentando os valores típicos dos efluentes sanitários brutos (entrada), os valores esperados para o efluente após o tratamento (saída), e o valor máximo permitido. Os valores máximos permitidos foram estabelecidos em observância da Resolução CONAMA nº 430/2011 e a NBR 13969/1997.
Parâmetros do efluente
Parâmetro | Unidade | Entrada | Saída (Eficiência somente do tratamento primário) | Saída (Eficiência do tratamento completo) | Valor máximo permitido |
DBO5,20 | mg/L | 110 – 400 | 40 a 75% | > 85% | < 60 ou remoção mínima de 60% |
DQO | mg/L | 250 - 1000 | 40 a 70% | > 80% | < 150 |
Oxigênio dissolvido (OD) | mg/L | --- | - | > 2 | > 2 |
pH | - | 5 – 9 | 6 – 9 | 6 – 9 | 6 – 9 |
Óleos e graxas | mg/L | 50 – 150 | - | < 50 | < 50 |
Coliformes fecais | NMP/100 mL | --- | - | - | < 1 000 |
Sólidos sedimentáveis | mL/L | 5 – 20 | 70% ou mais | > 85% | < 1,0 |
Nitrogênio amoniacal | mg/L | 12 – 50 | Ausente | > 85% | < 20 |
Fósforo | mg/L | 7 – 15 | 20 a 50% | - | - |
Em caso de dúvida, obtenha mais informações junto ao órgão ambiental de sua região sobre os valores máximos permitidos, pois em alguns lugares, os valores poderão ser mais restritivos. Caso isso ocorra, você poderá entrar em contato com a Águas Claras Engenharia para mais esclarecimentos.
As premissas de projeto deverão ser verificadas para garantir que o equipamento opere assegurando que todos os parâmetros de saída estejam dentro dos valores máximos permitidos pelos órgãos ambientais. Em caso de dúvida sobre qual equipamento é o mais adequado para o seu efluente, entre em contato com nosso setor de engenharia.
O fornecimento destes equipamentos, os prazos pré-definidos, bem como a garantia de eficiência atendendo aos padrões para emissão ao corpo receptor, conforme exigências dos órgãos de fiscalização ambiental, em especial a Resolução CONAMA 430, são cláusulas que deverão ser acordadas mediante ao Contrato de Fornecimento.
3. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DA ETE
3.1 Tanques em PRFV
A Águas Claras Engenharia produz suas estações de tratamento em PRFV através do processo de Spray-up com revestimento de gel coat internamente e gel parafinado externamente. A fabricação destes equipamentos consiste na aplicação de uma camada de gel interno, garantindo a estanqueidade do equipamento. Em seguida, utiliza-se uma camada de resina de poliéster associada à fibra de vidro (“roving”) para dar estrutura ao produto. Por fim, a aplicação de uma última camada de gel parafinado com produto inibidor de raios ultravioleta UV, que também dará o acabamento e a cor ao revestimento.
Estes equipamentos são construídos no formato vertical, tipo tronco cônico. Devem ser apoiados sobre bases planas horizontais e concreto que sustente sem deformações o peso do equipamento em uso. As furações são feitas nas faces planas indicadas no produto. Os reservatórios são produzidos em diversos tamanhos e formatos com garantia de 02 (dois) anos contra defeitos de fabricação, sempre seguindo os procedimentos corretos de instalações.
Gel Coat: Camada de gel tipo ortoftálico. Tem a finalidade de formar a superfície impermeabilizante interna do tanque e, ainda, servir como base de estruturação para a fibra de vidro.
Resina + Fibra de Vidro “roving”: Resina tipo ortoftálica + fibra de vidro. Tem como objetivo formar a estrutura do tanque, dando resistência necessária ao rompimento e deformações quando submetida às pressões da água ou do efluente;
Gel Parafinado: Possui inibidor contra raios ultravioletas, evitando assim a proliferação de algas no interior do tanque. Também responsável pela pintura de acabamento do tanque.
3.2 Tubos e conexões em PVC
Resistente a ação de bactérias, os tubos e conexões em PVC são utilizados em toda a canalização hidráulica do projeto. O PVC é leve, impermeável, resistente a químicos, durável, versátil e ambientalmente correto. Suas propriedades garantem um ótimo custo e benefício para o equipamento.
Apesar de usados para a mesma finalidade, a cor do PVC acaba diferenciando suas características, sendo o marrom soldável e o branco para rosquear. O PVC marrom é utilizado na parte interna do equipamento, nas tubulações de bombeamento, pois é ideal para suportar a pressão interna do líquido bombeado. O PVC branco é utilizado nas tubulações que ligam um tanque ao outro e na entrada e na saída do equipamento, por serem mais rígidos e suportarem melhor a ação de intempéries.
4. ACESSÓRIOS
Alguns acessórios poderão ser adicionados à Biofossa 30700 para facilitar seu uso e manutenção. A proposta comercial trará o custo adicional desses acessórios.
- Prolongador de pescoço: como o equipamento é instalado de maneira enterrada, poderá ser necessário adicionar um prolongador de pescoço, o qual servirá para manter a tampa de inspeção na altura do solo e adequar a altura da tubulação de entrada e saída do equipamento com a rede de coletora já existente. Caso necessário, sua aquisição deverá ser realizada à parte com a Águas Claras Engenharia.
5. PROCESSOS AUXILIARES
Alguns equipamentos poderão ser acrescentados como medida protetiva para evitar danos ao sistema, ou em caso de necessidade hidráulica, caso o efluente não consiga chegar à estação de tratamento por gravidade. Esses equipamentos não estão inclusos ao preço da Biofossa 30700, entretanto poderão estar na proposta comercial como um equipamento opcional e constando o custo adicional. São eles:
Caixa de gordura (recomendado): será necessária a instalação de caixa de gordura se o equipamento receber efluentes provenientes de cozinhas ou qualquer outro local que descarte seu efluente com taxas elevadas de óleos e graxas. A instalação deverá ser feita preferencialmente na saída de cada cozinha, para evitar entupimento ao longo das tubulações.
Equalizador: os tanques de equalização têm a principal função de equalizar a vazão do efluente, evitando que haja picos de vazão muito altos ou muito baixos. Além disso, ocorre a estabilização do pH e homogeneização da carga orgânica, tornando o tratamento mais eficiente.
Gradeamento (recomendado): deverá ser instalado como medida protetiva, evitando que corpos estranhos, entrem no sistema e causem danos ou entupimentos ao equipamento. É aconselhado utilizar um sistema de gradeamento em alvenaria, que consiste na separação da parte líquida da sólida, com a função de reter sólidos grosseiros e preservar equipamentos como tubulações e evitar a obstrução de crivos. O projeto poderá ser dimensionado pela Águas Claras Engenharia, no entanto, salienta-se que o fornecimento de materiais, construção em alvenaria e os cálculos estruturais não estão inclusos.
Caixa cloradora (recomendado): Os cloradores são equipamentos utilizados para as desinfecções dos efluentes finais tratados, ou seja, a eliminação de qualquer tipo de microrganismos, sejam patogênicos ou não, através da ação de cloro, conhecido como agente antimicrobiano. No equipamento são adicionadas pastilhas de cloro, similares às utilizadas em piscinas. O efluente entra em contato com o cloro das pastilhas e fica armazenado por um determinado tempo no tanque (mínimo de 30 minutos), para que haja período de contato adequado e consequentemente a morte dos micro-organismos.
Possuímos caixas de gordura, sistemas de gradeamento e caixas cloradoras em nosso site: https://loja.aguasclarasengenharia.com.br/. Confira.
6. OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
A Biofossa 30700 possui fácil manutenção, não sendo necessário um operador que trabalhe nela em tempo integral. Verificações visuais e auditivas deverão ser realizadas periodicamente para assegurar que o equipamento está funcionado sem nenhum problema hidráulico ou algum entupimento. Será necessário a manutenção das plantas utilizadas no projeto, realizando a poda das mesmas conforme necessidade. Para um controle maior do equipamento, poderão ser realizadas análises químicas, sempre que possível, verificando se o efluente tratado está apresentando as características esperadas.
Algumas operações deverão ocorrer de modo mais frequente, como o descarte de lodo dos tanques de fossa séptica biodigestora e filtro anaeróbio, conforme verificado a necessidade. O Manual de Operação, Instalação e Manutenção detalhará melhor os procedimentos a serem realizados.
7. OBRIGAÇÕES LEGAIS
A Biofossa 30700 é um equipamento que atende todos os padrões de lançamento exigidos pelos órgãos ambientais no âmbito federal. O projeto do equipamento não é customizado para cada cliente, para que seu custo seja mais acessível. Caso o órgão ambiental entre com algum indeferimento e exija um projeto customizado, o cliente deverá entrar em contato com a Águas Claras Engenharia para mais esclarecimentos. Para customização do projeto poderá haver um custo adicional.
8. CONDIÇÕES PARA INSTALAÇÃO DA ETE
Obrigações do Cliente: Preparar a base para a instalação da Biofossa 30700 enterrada, dando preferência ao modelo que facilite a entrada e saída do efluente por gravidade.
- Escavar o local de instalação com paredes em inclinação de 10° a 45° e nivelar a terra na base;
- Em caso de terrenos com lençol freático alto, retirar a água do solo com auxílio de uma bomba;
- Em caso de terrenos com lençol freático alto, deverá ser realizada a ancoragem dos tanques;
- Necessário a construção de um radier de concreto sob os tanques, nivelado, livre de pedras ou objetos pontiagudos que servirá de base para a ETE;
- Preservar fácil acesso à tampa de inspeção para manutenção;
Caso a ETE seja instalada em local de intensa circulação de veículos deverá ser feita uma laje que não esteja apoiado no produto.
9. TRANSPORTE E MONTAGEM
O equipamento sairá montado da sede da Águas Claras Engenharia, apenas as conexões do equipamento deverão ser realizadas no local de instalação, por um técnico especializado, sob responsabilidade do cliente. Informações detalhadas sobre a montagem do equipamento poderão ser encontradas no Manual de Instalação, Operação e Manutenção.
O sistema de pré-montagem garante agilidade e facilidade durante a instalação e o startup da máquina, e isso só é possível devido ao sistema modular e ao material utilizado. O PRFV garante ao equipamento alta resistência a corrosão e a choques, não sofrendo alterações de sua estrutura durante o transporte, montagem no local e instalação.
10. ASSISTÊNCIA TÉCNICA PERMANENTE
Durabilidade do sistema: o equipamento pode ser mantido em operação contínua permanente desde que feitas suas devidas manutenções. Nossos profissionais darão a total orientação para o perfeito controle e manutenções necessárias, sendo essa realizada através de acompanhamento técnico online durante a instalação. O fabricante irá disponibilizar, de modo online, profissionais da área de química (químicos) e hidráulica para eventuais suportes técnicos e instruções de operação, sem custos de horas técnicas dos profissionais.
- Material: Em PRFV (polímero reforçado com fibra de vidro)
- Volume (L): 25.000 L
- Vazão: 30.700 L/dia